terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Aborto: a proposta dos que creem (a proposta da Igreja) X a proposta dos que não creem




Por Flávio Monte
              
Certa vez um amigo me disse que entendeu melhor a luta da Igreja Católica contra o aborto quando ouviu os batimentos cardíacos de seu futuro filho, no primeiro ultrassom. Sentir a pequena vida tão frágil e ao mesmo tempo tão grandiosa dentro de uma futura mãe é emocionante. Em defesa da vida, seguindo o Evangelho, a Igreja se posiciona do lado destes pequeninos. Mas o mundo atual, a visão do homem de hoje, diverge disso. Pelos motivos, mais absurdos defende-se a cultura de morte. 
Dizem hoje: a mulher é dona do seu corpo! Mas esquecem que a criança é outro corpo. Dizem ainda: é dona do seu corpo e faz dele o que bem (ou mal) quiser! Porém, esquecem que o corpo é morada do Espírito Santo e sempre pertencerá a Deus. A Igreja propõe o amor aos que virão, não só nas palavras, mas na prática. Um exemplo disso é o trabalho que Arquidiocese de Maceió realizou em acolhimento às vítimas da enchente que afetou as sete cidades do interior (Zona da Mata) alagoana, além de outras de Pernambuco, anos atrás. Pois bem, a Arquidiocese de Maceió, por iniciativa do arcebispo, Dom Antônio Muniz, acolheu, com acompanhamento médico, psicológico, assistencial e etc, 1.200 gestantes atingidas pela catástrofe, foi o projeto: "Bem-Vindo Bebê". Nenhum aborto foi feito e o projeto se prolongou até fevereiro de 2011, sendo que após esta data a Pastoral da Criança deu continuidade ao acompanhamento dos recém nascidos.
O que tenho de novo a relatar é o que disse o nosso arcebispo na celebração da Crisma ocorrida na Igreja de Santa Rita, matriz do bairro do farol, em Maceió. Dom Antônio nos relatou que havia uma gestante de mais ou menos 13 anos de idade, que deu testemunho de agradecimentos aos religiosos e leigos que atuam no projeto. Disse ela, que estava desiludida ao perder a casa e todos os seus bens e ainda estar grávida, pensava constantemente em abortar, porém foi acolhida pelo Projeto e recentemente deu a luz e "hoje reencontrou o sentido da vida" (nas palavras de Dom Antônio). Outra história comovente é a de uma prostituta de mais ou menos 22 anos e que, HIV positivo e dependente de drogas, pensava "não ter mais valor", "não se sentia mais vista como ser humano", desiludida também, com a perda de sua casa, fora acolhida pelo Projeto. Seu filho e ela receberam os acompanhamentos necessários para uma gravidez saudável a fim de evitar que a criança contraísse o vírus.
Esta é a proposta da Igreja. Proteger a vida. Muitos ignoram pensando ser esse o caminho mais difícil (para nós católicos é o caminho mais prazeroso, não porque é destituído de dor e sofrimento, mas por ser vivido no amor, na proteção do mais frágil e inocente dos seres) , mesmo sendo o caminho justo e correto, buscam, na eliminação da vida, o meio que pensam ser o  mais prático para resolver alguns problemas sociais, como: as crianças de rua, a marginalização, o aumento da miséria e da criminalidade. Assim, ao invés de acolher, mata-se, aborta-se.
Escolhe pois, a vida. 

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